Às vezes, a gente pede com limão. Saí para comprar esfiha - meu chinelo de mais de 12 anos arrebentou.
Ouvi duas versões em espanhol do The Fevers e dormi. Comprei morango congelado; serviu de gelo num copo d'água. Depois, o São Paulo perdeu. E lembrei que janeiro já passou.
É janeiro. Não sei se cheguei a ter a sensação de que janeiro muda as coisas. Já quis muito janeiro. Janeiros vieram. Janeiros foram embora.
Não precisa avisar que está saindo para o supermercado.
Não precisa telefonar para saber onde eu estou.
Não precisa perguntar se paguei o aluguel.
Não precisa torcer para eu ter aumento.
Não precisa entender o que conversei na segunda-feira.
Não precisa adivinhar onde eu almocei.
Não precisa duvidar das mentiras que eu conto.
Não precisa pedir para baixar a música.
Não precisa ter medo dos meus amigos.
Não precisa trocar o sabonete.
Não precisa reclamar da roupa suja.
Não precisa marcar programa.
Não precisa dizer que me ama.
Não precisa.