Os quatro andando debaixo da garoa fina, llovizna disseram em Vigo. O vento borrifando saudade no bate-papo improvisado; ao fundo, o verde pontilhado do Ibirapuera, a paisagem escorrendo por entre as minúsculas gotinhas de nunca mais. Ao lado um do outro, um, bochecha deitada, agora agachado: "pisei na merda". No frio molhado de São Paulo, eu fico mais eu. E aproveito o fim de tarde, a espera pelo ônibus, para ser amigo dos colegas de trabalho. Porque existe uma música de que vocês também gostam. E a temperatura baixa, o dedo apertado dentro da meia, lá para baixo, e a vontade de estar em casa, interrompida pela buzina do táxi apressado, lembram que o encontro idiota e conveniente não precisa ser em vão.
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