Friday, December 21, 2007

Sentou. As caixinhas de som: "on". "Navidad", Juan Stewart. Tem gente que passa a vida disfarçando a vida num balcão de bar. Ou trai a dor com uma dose de comprimidos, uma solução abençoada - medida e alucinação. Nele, a cura para tanta ausência, a admissão do fracasso de grandes doses de fantasia... Só cobrava lágrima. E emendava texto. Quando sentava para escrever um parágrafo, ou mesmo um conto inteiro, enxugava o excesso de água dos olhos. A narrativa de um amor acontecido, de uma amizade em tentação; a narrativa do tempo, o registro da saudade - tratava com o pranto. Que lava a alma. E põe para dormir em paz. Feito criança. Grande, com a consciência do fim.
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