Friday, August 17, 2012

Desci até o térreo, precisava passar no supermercado antes de encontrar a Regina; combinamos de levar uma garrafa de vinho e uma de lambrusco. Depois, lá, na hora, tive a ideia de comprar uma caixa de chá; a gente se divertiu brindando com hortelã e mel na boca.
É disso que eu lembro quando me lembro do que aconteceu na manhã seguinte, numa padaria perto de casa, onde raramente tomo café e compro pão. Estava já sem pressa, sem planos, sem compromissos. Podia voltar a hora que fosse, do jeito que quisesse, com quem decidisse.
Encontrei a Mari sentada no balcão, com uma esfiha no prato, um suco de laranja e um maço de cigarros recém-aberto, ao lado da bolsa. Tinha acabado de encerrar a noite no bar que mantinha, há coisa de meses, com a irmã. Tinha acabado de decidir acabar com aquilo. Era para ser um bar como o que viu em Berlim. Mas era só um bar barato perto do Minhocão. 

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