Ficou sentada do meu lado. E cruzou as pernas, para me mostrar as pernas. Mas eu estava com uma garrafa d'água nas mãos. E com sono. Dançando com os pés, de um lado para o outro, entendendo que, definitivamente, aprendi a me divertir. Com a cantada de uma garota, garota, puxando o meu casaco, só para eu pedir licença. Com um porre d'água. Com a esperança dos outros numa pista de dança. Ops, você está segurando meu moletom. Caramba, é mesmo, desculpe. Pensei que poderia beijar. Que poderia lamber. Chupar. Mas preferi girar e desgirar a água, gostinho no lábio, saudade dessas coisas que têm hora para acontecer. E já aconteceram. Ela esperou mais alguns minutos. Perguntei, você gostaria de ter um beijo meu? Ela, assim, direto? Ué, mas não é o que você quer. Mandei um beijinho, no ar, muito mais lírico, sabido. Bem mais para sempre. Rodrigo, meu nome - você não vai esquecer.
<< Home