Não sei explicar que vento bate mais frio numa noite de maio. Fez sol o dia todo. E a temperatura caiu muito, penso na Paulinha. E olho a Brigadeiro. Essa paisagem, tão natureza, um ônibus descendo a avenida num horário vazio, e me sinto mais gente. Na cidade. E adoro o momento. Junta um pouco de água no canto do olho; quando entendo que o tempo passa, confundo medo com beleza - as coisas ficando diferentes. Só para provar pra todo mundo que vão deixar de ficar. Que existem para sempre, quando não existem mais, algum dia. Assim, me entrego à sorte da estação do ano que deixa tudo irreconhecível, parecido que seja com o mesmo dia do mesmo mês do ano passado.
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