Daqui da mesa onde eu trabalho, vejo o final de tarde de quase todos os apartamentos do prédio da frente. Em dois deles, mais ou menos no quinto andar, a luz da sala tem um amarelo passado, meio amargo, se é que uma cor pode dar gosto. Quando fecho a porta e volto para casa, tudo semi-apagado, faço o caminho com medo de encontrar as cortinas do quarto abertas. (Vai que a Rose esquece). Hoje, faz nem 10 minutos, passei no Pão de Açúcar e comprei três lâmpadas azuis, sabor anis.
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