Saturday, March 17, 2007


Algumas palavras ficam cansadas na boca de quem não tem convicção. O céu laranja, a rua dura, o momento alto, o sentido baixo; as coisas respiram grande para convencer. Nádia pensava duas, três vezes, sem saber por quê. Onde estava tudo aquilo; haveria motivos? Na natureza, insistia, toda razão é re-la-ti-va. Preciso definir, em mim, o centro do meu universo. Quando existo para o casal de poodles do 62, às vezes não existem para mim. Existindo, claro, nesse exemplo mastigado. As crenças são esperanças, que tradição. Espero, preciso acreditar - alguma coisa virá. O crente disciplinado dispensa longa melodia- o que vem será divino, deixa estar. O passo seguinte é sempre acreditar - e só assim será. O circo do playmobil, fui rico no Banco Imobiliário, estou em Berlim num tema de Tiersen, coleciono dezenas de vidas imaginárias - o mundo nunca acaba, a fantasia é o lugar da redenção. Meu Deus é único e particular, mede os deuses de todos os outros. Vivo bem se viver de acordo com e na medida das, quantas coisas por acreditar. Vivo bem, pequena correção, se houver força suficiente para sustentar uma crença cujo complemento, de fato, não há.
IMG................. The joy of life, Delaunay.
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