No dia seguinte, o passo do dia seguinte. Sendo depois, desprovido da consciência de que o dia depois supõe o dia anterior. Cada passo. Cada ameaça. Sempre um novo risco. Proíbo que aconteça de novo. A decisão é hoje, porque o hoje há de ser amanhã, sendo ontem também. Daqui para frente, assumo responsabilidade pelo medo e pelo receio. Já não haverá quem responda por mim. Os créditos, as renúncias. Não vão falhar em meu nome. Quero a culpa sobre o que eu faço. Culpa realmente minha. Num céu de nuvens não há segunda vez. No limite do tempo de escolha que me permitem, quase no dia da decisão, vou preferir continuar no eixo que sempre me atravessou. Não vou dizer adeus nem goodbye. Vou seguir, apenas. Às vezes, mais cansado. Quieto, talvez. Se eu pedir licença, será por pura educação. Ou por aqueles que, surpreendido, verei ao longo do caminho. "Tu também? Achei que fôssemos menos em número e muito menores em coragem".
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