Estou prestes a acreditar que vale a pena. Pesem a solidão e o desconforto de ver tanta gente se perder no caminho, isso de andar de mãos dadas com o moleque-que-foi, isso de acreditar e olhar para o ponto aonde se quer chegar, fazendo de todo desvio um acidente provisório... É um pouco do orgulho; no fundo, o descuido com uma satisfação exagerada do que se é, ou se torna; minutos de um narcisismo revelado. Não abrir mão - que, por momentos, é egoísmo - pode ser também, nos melhores casos, convicção de caráter, dos sonhos limpos e da vontade que abriga um sorriso. Não, não é ser hippie, blah; é, antes, incluir-se, valer-se da lógica-que-é para vislumbrar o que-pode-ser. Ou, ao menos, poderia. A gente vai, a pé, loooonge, mas vai, e, a cada dia, a certeza de que o caminho tem chão dá ânimo para continuar e, curiosamente, afirma: "pai, quero ser você quando crescer".
--------------------------------ARISTARAIN é um desses. Que, como um de nós, deve ter feito muitas cagadas, mas que conta histórias - secas - de um mundo porvir.Recomendadíssimos:Lugares Comunes (que me faz lembrar meus pais)Martin (Hache) (exagerado, algumas vezes falho, mas com diálogos "a-pátria-são-os-seus-amigos". Vai ver é por isso que me senti sempre tão estrangeiro!)Tiempo de Revancha (uma vez decente, decente para sempre)
<< Home