Joaquim Ricardo aprendeu a contar até 12 com 4 anos. Antes mesmo de conseguir repetir o próprio nome com as vogais e consoantes no lugar certo. Meses depois, perguntou de qual gosto a mãe mais gostava. Nossa, filho, são tantos. E ficou frustrado, porque só tinha vontade de Azedinho Doce. Aos nove, beijou a boca da Luiza, na cama da própria irmã, enquanto esfregava mão e coxa. Delícia. No ano passado, Ricardo, nome para os amigos, decidiu, em comum acordo, melhor a gente ir cada um para cada lado. Sônia passara os seis últimos meses falando em gravidez. De frente para a vitrine da Fast Shop, olhando o preço de um i-pod, preferiu a vitrolinha portátil que tocava o disco do Queen. Sentiu falta de um gostinho bom. Parou na banca, separou a Folha, mas Trident não adianta. Obrigado.
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