Tuesday, October 19, 2010

A gente sentou; não nos confundimos com os lugares, nada disso. Viemos correndo um pouco, cuidado, estou de salto. O mestrado não era o que eu imaginei. Era para ser uma pizza. Mas tem chuva no meio, atraso de ônibus. Orientadora confusa. Ah, você não sabe de nada. Nem precisa saber. Na verdade, não preciso saber mesmo. Ter sabido estragou muita coisa. Muita gente. Pede o que você quiser; gosto de tudo. Acho que é o momento. O tempo. O jeito das coisas, como andam, quando andam, faz a gente preferir gostar de tudo, sentindo pouco gosto, quase gosto de nada. Tenho uma teoria. Eu também. Pedimos cerveja? Olha, vou dizer uma coisa: descobri que gosto de viver. Aceita débito? Com 35 anos, não quero emprego normal. Trabalhar na noite não deve ser fácil. Caramba, a gente estava sentado num bar, exatamente como as pessoas normais. E é o seguinte: o músico desiste - por isso, quero namorado, amigo, só artista. Eu disse: é essa mesma. De cogumelo. A gente não resiste. Se é para desistir, desisto logo de tudo - e morro antes de um expediente comum. Quem te disse isso, mãe? Meu sobrenome tem nome de árvore. Não sei o segundo nome dela, delon. Será que a gente é amigo? Vai ser. Vou, vou sim. As palavras denunciam a gente. Trinta anos esta noite. Não uso "eu"; é "Você". Xiu. Não escreve isso, não. E não escrevo, porque você tem um plano, tem uma vontade, um dia, uma hora, um medo, um tempo, um blog, um twitter, um silêncio, uma saudade, duas, três saudades, uma escova da Barbie, um fósforo e um isqueiro. Tenho? Mas ainda pode ter. Bem que foi acontecer com 20 e poucos anos. Ir-lan-da.

Vou seguir no Twitter. Dividimos a conta. Você manja. Visa e Master. Estou aprendendo demais, desculpe se não sei declarar. Normal. Desculpe também se a gente não se encontrar antes do seu feliz aniversário. Tchau.
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