Ela perguntou se eu bebia alguma coisa. Perguntou se eu tinha chegado fazia tempo. Onde era o banheiro. Você não come carne?
Em Buenos Aires, tem uma rua com o meu nome. Que eu saiba, não tem uma rua com o nome dela, aqui em São Paulo.
Escuto música triste. Deito na sala e olho para o abajur. Coloquei uma lâmpada bem amarelada. Sinto a franja do tapete tocando o tornozelo, o braço. Ela não entende por que ainda prefiro morar sozinho. Não entende quando preciso de ar. Quando preciso de solidão. Não entende a música que eu ouço e por que danço as músicas que eu ouço.
Não entende e me pergunta, por quê?
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