Tuesday, October 06, 2009

Difícil imaginar um círculo que não seja suave e amigável. Desenhei três sobre a folha que tenho aqui na frente. Curioso: só pensei em coisa boa. O primeiro, smile. Depois, um sol. O último está olhando para mim: mesmo vazio, não me incomoda. Não é novidade, a gente fica curvado com o tempo - otimista: sintoma de alguma coisa melhorando. Aceitar o mundo do jeito que ele é, sem explicação, deixa a gente mais redondo - e frágil também.

Não vou dizer no que vou pensar hoje à noite. Porque não é o rio escuro de ontem. Não é o pão de queijo de terça. Não é. Só não digo porque acredito em olho gordo.

A Ângela perguntou se eu queria trepar antes de dormir. Desse jeito mesmo: "quer trepar?". "Não, obrigado", respondi, baixinho. E pensei na tia Cida: "por favor e obrigado, Márcio". "Por favor e obrigado, meu filho". Para tudo (a danada reforma ortográfica não me deixa dizer o que eu quero).

Coloquei o fone no ouvido para ouvir Elliot Smith. Agradeci com um "obrigado", sagrado - me desobriga de qualquer dever meu.
free web stats