Monday, April 10, 2006


Então, Ada disse: "un día volveremos a vernos". Ha, se soubesse. Que um dia é só um dia, suficiente para uma vida nova, mas incrivelmente pequeno para as lembranças de uma vida velha. Ah. Mas eu sabia, porque ela sabia, que um dia, sim, um dia, nós, eu e ela, ela e eu, voltaríamos a dividir alguma coincidência. E, fosse em Sofia, fosse em São Paulo, fosse em qualquer outra cidade inaugurada no "esse", o tropeço serviria para recuperar, mesmo que incompleta, aquela aventura tão cheia de cores. Antes de sair pela porta, feito econômico para quem me-jogo-pela-janela, correu para o espelho, onde, com o batom marrom, deixou as silhuetas daquele quadro do Lichtenstein que... Ela e eu, eu e ela. Tanto. E lá no fundo, não sei bem se aqui dentro, ou ali fora, "Spiegel im spiegel" azedava, no tempo de um conta-gotas, cada movimento.
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